O protesto de 24 horas mobilizou milhares de trabalhadores e afetou aeroportos, portos e os serviços públicos helénicos
A Grécia foi palco, esta quinta-feira, de uma greve nacional que concentrou milhares de trabalhadores em Atenas.
O protesto de vinte e quatro horas foi promovido pelos maiores sindicatos laborais do país, afetou aeroportos, portos e os serviços públicos helénicos em geral.
A professora Panagiota Katsimani promete dar luta ao governo. "Temos de acordar e ir para as ruas. Temos de nos manifestar e de lutar pelos nossos direitos. Estamos muito desapontados. Eu tenho trinta e dois anos. Não posso aceitar que a situação ainda venha a piorar. Acomodar-me ao desapontamento não é uma opção" afirma.
Enquanto decorria a manifestação, um grupo de pessoas de cara coberta invadiu a estação de metro de Panepistimo e deixou-a neste estado.
À superfície, nas ruas, os manifestantes continuavam a gritar por um futuro melhor na Grécia.
Dimitris Vasilioy explica o que está na origem desta greve: "salários baixos e redundâncias. Esta é a nossa realidade. As pessoas e as famílias são deixadas sem dinheiro, sem trabalho. Não o vamos permitir. Vamos lutar pelos nossos direitos." Uma opinião partilhada por Dimitra Aggeli. "Estamos num beco sem saída. Mal podemos viver, não conseguimos apoiar as nossas famílias. Temos de lutar pelas nossas crianças. Elas merecem um melhor futuro" refere.
O correspondente da Euronews em Atenas dá conta das palavras de Alexis Tsipras que sublinha que em breve o programa de resgate será parte do passado e que a economia helénica já está a dar sinais de melhorias.
Em resposta, os trabalhadores e os desempregados gregos dizem ser os grandes perdedores desta longa crise e receiam nunca mais recuperarem o que já perderam.