Greves em Itália ameaçam congestionar aeroportos

Volte-face em Itália. A companhia aérea de baixo custo Ryanair cede aos protestos e anuncia, pela primeira vez em mais de 30 anos, o reconhecimento dos sindicatos dos pilotos.
A decisão teve efeitos imediatos com a suspensão da greve marcada para esta sexta-feira à tarde, em Itália, pelos trabalhadores da companhia áerea irlandesa de baixo custo.
Ainda assim, este ameaça ser um fim de semana problemático para muitos italianos que pretendem aproveitar para viajar no derradeiro fim de semana antes das férias de Natal.
Além da Ryanair, também a Alitalia e a espanhola Vueling anunciaram greves.
Só a Alitalia cancelou quase 80 voos, a maioria internos. Nenhum com destino ou partida de Portugal, como pode ser verificado na página oficial da companhia aérea italiana.
Na conta oficial do Twitter, a Alitalia admitia esta manhã alguns atrasos no aeroporto de Fiumicino, em Roma, apenas por causa do mau tempo.
A Vueling não precisou quais os voos afetados pelo protesto dos respetivos assistentes de voo que, param entre as 10 horas da manhã e as 14:00 para reclamar por contratos de trabalho mais dignos.
A companhia espanhola de baixo custo disponibiliza apenas uma página para os clientes conferirem o estado dos respetivos voos.
Por último, tal como a Alitalia, também os controladores aéreos afetos à Entidade Italiana da Aviação Civil, tinham previsto avançar com uma suspenção do trabalho por quatro horas, entre as 13:00 e as 17:0 horas.
A ENAC desmentiu contudo a adesão dos seus trabalhadores ao protesto desta sexta-feira, anunciado que o mesmo terá sido adiado para janeiro.
Com a manutenção dos protestos nas companhias aéreas, a ENAC disponibilizou uma lista dos voos afetados pelas greves em curso.