Os partidos populistas de direita europeus reafirmaram em Praga o objetivo de pôr fim à União Europeia
Os líderes dos partidos populistas de direita europeus reuniram-se na capital checa no sábado para reafirmar o objetivo que os anima: pôr fim à União Europeia.
A convite da extrema direita checa, estiveram presentes vários representantes dos partidos do grupo parlamentar europeu "Europa das Nações e da Liberdade", entre os quais a francesa Marine Le Pen: "Nenhum de nós é xenófobo. O que nos une é a oposição à União Europeia porque acreditamos que é uma organização desastrosa que está a destruir o nosso continente por meio da dissolução e da submersão migratória que organiza e da negação das nossas respetivas culturas", disse a líder do Frente Nacional francês.
Le Pen teceu louvores a Vladimir Putin, enquanto o holandês Geert Wilders apelou a imitar as políticas anti-imigração de Trum.
Na opiinião do dirigente do Partido para a Liberdade holandês, "Devemos ter a coragem de introduzir restrições à entrada de muçulmanos como fez o presidente Trump nos Estados Unidos. Devemos ter a coragem de reenviar todos os barcos com imigrantes ilegais, como a Austrália está a fazer há muito tempo."
Algumas centenas de manifestantes protestaram diante do hotel onde foi organizado o encontro. Muitos gritavam "Vergonha!" e empunhavam cartazes com inscrições como "Justiça social em vez de racismo, nacionalismo e xenofobia".
O partido checo anti-imigração e anti-muçulmano obteve nas eleições de outubro 22 dos 200 mandatos parlamentares.