Candidatos jogam todos os trunfos a menos de uma semana das eleições mas maioria absoluta é altamente improvável
Mariano Rajoy entrou em cena nas eleições para o parlamento catalão da próxima quinta-feira. O primeiro-ministro espanhol participou numa ação de campanha do Partido Popular e apelou ao voto em Xavier García Albiol para "abrir uma etapa de segurança, certezas e tranquilidade" na Catalunha.
As sondagens têm colocado o PP na cauda da tabela mas o partido pode desempenhar um papel fundamental na formação de governo caso o Cidadãos, de Inés Arrimadas, confirme o primeiro lugar nas previsões. Ainda assim, tudo aponta para um impasse político até porque mesmo que se junte ainda o Partido Socialista de Miquel Iceta, é pouco provável que o bloco anti-independentista consiga os deputados necessários para governar com maioria absoluta.
Nos partidos pró-independência, Carles Puigdemont continua a fazer campanha à distância, discursando aos seus apoiantes a partir de Bruxelas. O presidente deposto do parlamento catalão admite regressar mas apenas se o resultado das eleições for favorável. As últimas sondagens colocam o líder do Juntos pela Catalunha em terceiro nas intenções de voto, atrás ainda da Esquerda Republicana de Oriol Junqueras.
Insuficiente também para uma maioria absoluta dos independentistas, uma vez que o Catalunha em Comum tem rejeitado coligações com ambos os blocos.
Enquanto se mantém o impasse, continuam as manifestações pela libertação daqueles que os independentistas consideram presos políticos. A Catalunha nunca viveu dias como estes.