A campanha chegou ao fim na Catalunha e todos os votos contam

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As sondagens publicadas em Andorra indicam que os independentistas poderiam obter mais votos, mas deverão falhar a maioria absoluta no Parlament.

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A um dia das eleições regionais catalãs, Espanha aguarda com expectativa um dos escrutínios mais importantes para a estabilidade do país desde a chamada Transição Democrática dos anos 70, que pôs fim à ditadura franquista.

Inès Arrimadas é a candidata dos liberais centristas do Ciudadanos- Ciutadans. O partido quer que a Catalunha permaneça em Espanha e aposta em ultrapassar as tradicionais clivagens sociais e políticas que dominam os sistemas políticos espanhol e catalão.

Ciudadanos-Ciutadans entre os primeiros nas sondagens

As ultimas sondagens dizem que poderia conseguir mais de 30 deputados. Num discurso do último comício, Arrimadas disse querer ser a presidente de todos os catalães:

"Quero ser a presidente de todos os catalães, venham de onde vierem, pensem como pensarem e acreditem no que acreditarem". disse.

"Ainda não tivemos um presidente para todos os catalães. Tivemos um presidente favorável ao processo de indpendência".

Esquerda Republicana de vento em popa 

Os independentistas da ERC encontram-se à frente do partido Ciudadanos-Ciutadans, com 36 a 37 deputados projetados. 

O facto de que o candidato, Oriol Junqueras, se encontre detido em Madrid, por responsabilidade no processo de independência rejeitado pelo Governo central, parece jogar um papel importante na populariade do partido. 

De acordo com as sondagens divulgadas no Periodic d'Andorra, a ERC poderia estar próxima de formar Governo na Generalitar, mas o partido não poderá fazê-lo sozinho. 

Uma volta ao poder difícil para Puigdemont 

O discurso em Bruxelas do presidente deposto, Carles Puigdemont, foi transmitido no último comício do Junts Per Catalunya (centro-direita, independentistas). 

Puigdemont prometeu uma volta à "legitimidade democrática", caso vença as eleições. As últimas sondagens dão-lhe entre 26 a 27 deputados.

"Apelo ao voto e assumo um compromisso: se for eleito presidente, pretendo voltar à *Generalitat *acompanhado por todos os membros do Governo legítimo e que foi deposto pela aplicação do artigo cento e cinquenta e cinco", disse o presidente deposto.

A gestão da crise passa fatura ao PP

Os conservadores do Partido Popular correm, de acordo com as sondagens, o risco se tornarem numa força residual, com apenas quatro a cinco deputados. 

A gestão do desafio independentista do executivo de Mariano Rajoy poderia ter alguma responsabilidade.

Tradicionalmente mais popular nas comunidades autonómicas espanholas não consideradas como nacionalidades históricas pela Constituição de 1976, o Partido Popular nunca esteve no poder na Catalunha, desde que, depois da Transição, a região acedeu ao governo autónomo.

A impopularidade do Governo central do PP na Catalunha poderia, de acordo com as sondagens, passar fatura ao centro-direita nacional.

Socialistas catalães não arrancam

A postura moderada dos socialistas do PSOE-PSC não deverá ser chegar para que voltem ao Governo sozinhos. 

O partido de Miquel Iceta poderia conseguir entre 20 a 21 deputados. O Partido dos Socialistas da Catalunha integra a federação nacional que constitui o Partido Socialista Operário Espanhol. O PSOE tem uma postura mais moderada, apesar de ser considerado como um partido "constitucionalista" pelos *media *espanhóis, já que se posicionou contra o chamado desafio independentista assumido pelo Governo deposto. 

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