As últimas sondagens apontam para uma mudança na composição do parlamento, com a Esquerra Republicana da Catalunya e os liberais de centro do Ciutadans a liderar as intenções de voto.
Último debate antes das eleições regionais catalãs de 21 de dezembro, de acordo com o calendário imposto pelo Governo de Madrid no quadro do desafio independentista.
Espera-se uma afluência elevada às urnas. As últimas sondagens apontam para um escrutínio renhido entre os independentistas da Esquerda Republicana da Catalunha e os liberais de centro do 'Ciutadans' de Inês Arrimadas.
"Penso que a melhor alternativa à rutura não é o imobilismo, mas sim o reformismo. Mas as pessoas não foram capazes de comunicar", disse Arrimadas, durante o debate.
"Chegámos a uma situação que faz com que os catalães paguem por tudo. Mas estou convencida de que, nas eleições, podemos deixar de lado os problemas e começar uma etapa de reconciliação política na Catalunha," continuou.
A eleições têm lugar durante o mais intenso conflito político e social em Espanha desde a chamada Transição democrática dos anos 70.
Marta Rovira, da Esquerda Republicana da Catalunha, defendeu, durante o debate, que o Estado espanhol tinha fobia aos processos democráticos:
"O Estado espanhol tem fobia da democracia, é alérgico à democracia. É tão alérgico aos nossos atos democráticos, como eleições e ao que aconteceu dia um de outubro que mudam sempre as regras do jogo jogo democrático. E é por isso que Oriol Junqueras não pode estar aqui", explicou.
O conflito deixou a sociedade catalã altamente polarizada. As divisões entre os que querem a independência e os que preferem continuar como parte integrante de Espanha atravessam partidos políticos, organizações e em muitos casos, afetam tanto a vida pública como a esfera privada.