A quinta audição aos funcionários do jornal turco "Cumhuriyet" ficou marcada pela expulsão de um dos arguidos
A segurança à porta do Tribunal de Instambul é apertada, por ter sido, esta segunda-feria, retomado o julgamento do caso do Jornal "Cumhuriyet", jornal acusado de oposição ao governo.
É a quinta audiência deste julgamento. A audição ficou marcada pela expulsão de um dos jornalistas arguidos, por parte do juiz, por este achar que o acusado estaria a fazer "propaganda" política no discurso de defesa.
No total, foram 17 os ouvidos. Jornalistas e colaboradores estão a ser acusados de atentar contra o governo. O jornal recusa as acusações e diz que este processo vai acabar por "silenciar o que dizem ser o último jornal independente da Turquia:
"Este processo é um símbolo de tentativas de silenciar a liberdade de expressão na Turquia hoje e é um símbolo de pressão sobre os jornalistas", disse o advogado de defesa Gülendam San à AFP. Karabulutlar.
O caso, mediático, está a levantar dúvidas em todo a Turquia sobre a liberdade de imprensa no país, e tem levado, até à porta do edifício do jornal, dezenas de manifestantes.
Os arguidos arriscam até 43 anos de prisão.