Marinha Real interceta navio russo próximo de águas territoriais britânicas

Marinha Real interceta navio russo próximo de águas territoriais britânicas
De  Antonio Oliveira E Silva com REUTERS
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Londres diz notar um aumento de operações da parte da marinha russa no Mar do Norte, perto de águas territoriais do Reino Unido

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Uma fragata da Marinha Real Britânica intercetou um navio russo durante a sua passagem pelo Mar do Morte, perto de águas territoriais do Reino Unido, no dia de Natal.

A informação foi avançada pelo ministério da Defesa do Reino Unido, que falou também num aumento de manobras navais da parte da marinha russa perto das ilhas britânicas nos últimos dias.

O ministro britânico da Defesa, Gavin Williamson disse, depois de conhecido o incidente, que o Reino Unido não duvidaria em defender as águas territoriais do país e que não tinha a intenção de tolerar qualquer tipo de agressão.

Foram divulgadas imagens, recolhidas por um helicóptero da marinha britânica, onde pode ver-se a fragata real Saint Albans, próxima do navio de guerra russo Admiral Gorshkov, no Mar do Norte.

O ministério da Defesa britânico informou também que a fragata HMS Tyne, foi, dias antes, convocada para escoltar um navio russo na véspera de natal, que se encontrava, alegadamente, a recolher informações no Mar do Norte, durante a sua passagem perto de águas territoriais britânicas.

As frias relações entre Londres e Moscovo

As relações entre Londres e Moscovo passam por um período de distanciamento.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, disse, recentemente, que havia "provas substanciais" de que Moscovo tinha levado a cabo operações de sabotagem e manipulação em processos eleitorais de países terceiros.

As declarações de Johnson tiveram lugar durante uma visita à capital russa, na semana passada. O homólogo russo, Sergei Lavrov, disse que não havia quaisquer provas que fundamentassem as queixas o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros.

Londres referiu, posteriormente, o desejo de "normalizar as relações com Moscovo", ao que a diplomacia russa respondeu que o Reino Unido era responsável pelo estado atual das relações entre os dois países.

NATO/OTAN: atividades navais russas são uma ameaça

Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO/OTAN, referiu, numa entrevista conhecida este fim de semana num jornal alemão, que existe uma ameaça às comunicações entre os diferentes membros da Aliança Atlântica por causa da presença naval russa em águas internacionais.

Stoltenberg disse ao Frankfurter Allgemeine que os russos têm vindo a investir na marinha da Federação, especialmente em submarinos, e que as operações relacionadas com submarinos de guerra se encontra mais intensa do que nunca desde o fim da Guerra Fria.

O secretário-geral da NATO/OTAN disse ainda que existem submarinos russos no Oceano Atlântico e no Mar Mediterrâneo, alguns dos quais desenvolvem atividades "perto das zonas costeiras" de Estados membros da Aliança.

Uma presença constante e que constituiria, para o secretário-geral, uma ameaça ao sistema de logística e de comunicações entre a Europa e a América do Norte.

Por isso, referiu Stoltenberg, a organização deveria ter em conta o que definiu como a "decadência da capacidade naval" da NATO/OTAN, especialmente no que diz respeito à capacidade de resposta frente a submarinos de guerra.

PESCO, um projeto europeu de cooperação permanente

Este mês de dezembro, 14 membros da União Europeia deram início ao chamado Pacto de Cooperação Estruturada Permanente, o PESCO (sigla em inglês), com o apoio da Aliança Atlântica, com o objetivo de desenvolver a cooperação em matéria de defesa, depois do que o Ocidente define como a anexação da Península da Crimeia, em 2014.

O PESCO tem contado, no entanto com alguma resistência da parte de França e do Reino Unido. Entre os países que se abstiveram de participar contam-se também Malta e a Dinamarca.

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