Beatrix von Storch foi alvo de uma queixa das autoridades, depois das palavras duras no Twitter contra a polícia e a comunidade árabe na Alemanha.
Uma deputada alemã foi acusada pelas autoridades de incitamento ao ódio, depois de escrever palavras contra os muçulmanos nas redes sociais.
Beatrix Von Storch, do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha, criticou a polícia de Colónia pela sua mensagem em árabe de Bom Ano Novo no Twitter.
As autoridades escreveram igualmente o mesmo conteúdo noutras línguas, tais como alemão, francês e inglês.
Foi pela mesma via que Storch reagiu e questionou se as palavras visavam acalmar os "bárbaros" e "violadores", censurando uma entidade oficial pelo ato.
A conta de Twitter da deputada do AFD foi suspensa provisoriamente, por força das leis sobre discurso de ódio, e Beatrix Von Storch acusou então as redes sociais de censura. "O Facebook também me censurou. Este é o fim do estado constitucional", afirmou, então, Beatrix von Storch.
A membro do parlamento foi o primeiro caso mediático da aplicação das novas leis mais apertadas sobre discursos de ódio e violência online, que entraram em vigor em solo germânico a 1 de janeiro de 2018.
A Alemanha obriga agora as empresas de redes sociais a uma responsabilidade de controlo destes discursos, aplicando multas que podem ir até aos 50 milhões de euros se não for removido os conteúdos de ódio e outras publicações dentro de 24 horas, após receber uma notificação.
Neta de um ministro das finanças de Adolf Hitler, esta advogada já veio entretanto desvalorizar a queixa da polícia.
Recorde-se que as celebrações de ano novo em Colónia ficaram marcadas há dois anos por centenas de casos de roubos, assédio e abusos sexuais, alegadamente atribuídos a imigrantes do norte de África e do Médio Oriente.