Nações Unidas, senadores norte-americanos e ex-governantes respondem a Trump, alguns nos mesmos termos
Se a temperatura da indignação contra Donald Trump pudesse ser sentida, haveria casos em que efígie de cera do presidente norte-americano, em frente ao museu madame Tussaud, em Londres, estaria a derreter.
Uma das primeiras reações à alegada expressão grosseira partiu das Nações Unidas.
"São comentários chocantes e vergonhosos do presidente dos Estados Unidos. Lamento, mas não existe outra forma de qualificar senão como sendo como racistas. Não pode dizer que países e continentes são sítios de merda, só porque a população inteira não é branca, logo, indesejada", declarou Rupert Coleville, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
Os democratas norte-americanos também reagiram de imediato. No Twitter o senador Richard Blumenthal qualificou o comentário de "racista e uma flagrante traição aos valores americanos".
O antigo primeiro-ministro haitiano, Laurent Lamothe, escreveu: "Trump é uma vergonha. Mostrou tanta ignorância nunca antes vista em qualquer presidente na recente história dos Estados Unidos".
Como Trump referiu que preferia receber imigrantes da Noruega, houve quem aplicasse o mesmo termo, "país de merda" aos Estados Unidos, já que o país escandinavo é considerado o mais feliz do mundo.
Facto para pensar se Donald Trump não terá abordado a questão com a primeira-ministra norueguesa quando se encontrou com Erna Solberg na quarta-feira.