A greve e os bloqueios de prisões continuam, depois de uma nova agressão em que um guarda ficou seriamente ferido.
Mandam-nos a polícia enquanto os nossos colegas continuam a ser agredidos.
Sindicalista
Em França, o clima de tensão entre o governo e os guardas prisionais em greve subiu de tom.
A ministra da Justiça, Nicole Belloubet, esteve na tarde de sexta-feira com os guardas da prisão de Borgo, na Córsega, palco na noite de quinta para sexta de uma nova agressão. Um grupo de detidos, incluindo um que é alvo de cuidados especiais por radicalismo islâmico, esfaqueou dois guardas, incluindo um com gravidade.
Os sindicatos apelaram a um bloqueio de todos os estabelecimentos prisionais franceses. 4500 guardas estiveram mobilizados em 123 cadeias. Pedem mais condições de segurança. A maior prisão da Europa, Fleury-Mérogis, perto de Paris, foi palco de confrontos entre a polícia e os funcionários em greve: "A raiva é a única reação possível. Estamos revoltados. Mandam-nos a polícia enquanto os nossos colegas continuam a ser agredidos. É inadmissível. Vamos continuar", diz Thibault Capelle, do sindicato Force Ouvrière.
Alguns sindicatos estão a negociar com a Direção da Administração Penitenciária, mas exigem ser recebidos pela ministra. Antes ainda deste incidente, a greve foi prolongada por tempo indeterminado.