Eurodeputados sugerem lista eleitoral transnacional pós-Brexit

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Direitos de autor REUTERS/Vincent Kessler
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De  Isabel Silva
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Quase meia centena de assentos do Parlamento Europeu que agora pertencem a eurodeputados britânicos poderiam ser usados para eleger uma lista transnacional em 2019. A ideia é da comissão parlamentar de Assuntos Constitiuconais, mas há um longo caminho a percorrer.

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Com o Brexit vão sair 73 eurodeputados britânicos do Parlamento Europeu, pelo que a comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais aprovou, terça-feira, uma proposta para que 46 desses assentos sejam usados para eleger uma lista especial com pessoas de todos os Estados-membros, nas eleições europeias de 2019.

"O desafio colocado pela lista transnacional não é apenas o facto de estarmos divididos - há pessoas contra e pessoas a favor -, mas há também o desafio de não termos uma base legal", explicou Danuta Hubner, eurodeputada polaca do centro-direita que é presidente da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais.

Nessa lista estariam pessoas de várias nacionalidades que querem dar prioridade à defesa de ideias em nome de todos os europeus e não apenas dos cidadãos dos países de onde são naturais.

Os outros 27 lugares britânicos seriam redistribuídos por outros países que estão agora subrepresentados, ficando um total de 705 eurodeputados (atualmente são 751).

"Esta é uma mais justa distribuição dos deputados por países, corrigindo as injustiças e, finalmente, cumprindo os princípios do Tratado de Lisboa, assegurando que ninguém perde lugares. Portugal consegue manter aquilo que alguns consideravam impossível: a sua representação ficará com os atuais 21 eurodeputados", referiu Pedro Silva Pereira, eurodeputado português do centro-esquerda, que é vice-presidente da mesma comissão.

A Comissão Europeia fará a sua proposta sobre esta matéria antes do final de fevereiro.

A correspondente da euronews em Bruxelas, Isabel Marques da Silva, acrescenta que "há países como a Espanha e a França que vão ganhar mais representantes. As alterações deverão ser aprovadas pelo Conselho Europeu até maio, para que esteja tudo pronto um ano antes das eleições de 2019".

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