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Trump reafirma sintonia com Israel e ameaça cortar ajudas aos palestinianos

Trump reafirma sintonia com Israel e ameaça cortar ajudas aos palestinianos
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De Nelson Pereira
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Presidente americano ameaça cortar ajudas aos palestinianos, durante o encontro com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, em Davos

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Sintonia total em Davos, entre o presidente americano Donald Trump e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu. Prossegindo a política de factos consumados, Trump ameaçou cortar qualquer ajuda económica aos palestinianos, depois destes se terem retirado das negociações de paz com Israel em reação à decisão de Trump, em dezembro, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

O presidente dos EUA acusou os palestinianos de terem faltado ao respeito ao seu vice-Presidente, Mike Pence, ao recusarem recebê-lo durante o seu périplo pelo Médio Oriente:

"Os palestinianos desrespeitaram-nos, há uma semana, não aceitando um encontro com o nosso grande vice-presidente, enquanto lhes damos centenas de milhões de dólares em ajuda e apoio, números tremendos, números que ninguém entende. Esse dinheiro está na mesa e não lhes será entregue enquanto não se sentarem para negociar a paz", disse Trump.

Pence garantiu na segunda-feira no parlamento israelita que a embaixada dos Estados Unidos abrirá em Jerusalém antes do fim de 2019. Para o porta-voz da presidência palestiniana, Nabil Abu Roudeina, está fora de questão qualquer negociação sob mediação dos Estados Unidos enquanto estes mantiverem a decisão de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

As declarações de Trump em Davos foram criticadas pelo secretário-geral da Organização para Libertação da Palestina (OLP). "Não haverá paz sem Jerusalém Oriental como capital soberana do Estado Palestino", disse Saeb Erekat:

"A insistência do presidente Trump em afirmar que Jerusalém está fora da mesa de negociações, significa que a paz está fora da mesa de negociações. Trata-se de uma enorme desconsideração para com a comunidade internacional e para com o direito internacional, um gesto que recompensa a agressão e a ocupação israelitas".

Espera-se que Trump aproveite o discurso de sexta-feira para repetir que a economia norte-americana está a crecer graças à sua administração. Nem todos os participantes do Fórum Económico Mundial estarão presentes. Os membros das delegações africanas planeiam boicotar o discurso como sinal de protesto depois das afirmações ofensivas de Trump sobre alguns países de África.

Entretanto, sete alpinistas da ONG suíça Campax, responsável por campanhas em defesa da economia sustentável e proteção do meio-ambiente, decidiram dizer ao presidente americano que não é desejado na Suíça. Para isso, penduraram na parede de uma falésia nas montanhas da região de Sargans uma faixa com a inscrição "Trump não é bem-vindo".

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