Empresários próximos de Zuma apanhados nas malhas da justiça

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Em 2016, um relatório judicial implicava já elementos da família Gupta em assuntos do Estado como a nomeação de ministros

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Pelo menos três pessoas foram detidas na sequência de buscas realizadas à casa de família do grupo empresarial Gupta, em Joanesburgo, no âmbito das investigações sobre tráfico de influências que atingem a cúpula do Estado sul-africano.

A operação acontece numa altura em que aumenta a pressão para que o chefe de Estado abandone o poder.

"Finalmente, alguém fez alguma coisa. Estas pessoas devem sair do da África do Sul e deixar-nos em paz. Já nos prejudicaram o suficiente. Zuma está desesperado para continuar no poder e não o culpo, mas deve partir. Precisamos de um novo Estado" refere a sul-africana Tessa Turvey.

Em 2016, um relatório judicial implicava já três irmãos da família Gupta em assuntos do Estado como a nomeação de ministros, mas não só. De acordo com o documento, os elementos em causa tinham "o aparelho do Estado sob controlo e influência" ao ponto de se darem ao luxo de oferecer cargos no Governo. O próprio Presidente aparece associado a ilegalidades na concessão de contratos públicos milionários. Mas este é, apenas, um dos processos de corrupção em que Jacob Zuma aparece envolvido. Os contratos de armamento no final dos anos 90 e, mais recentemente, o recurso a fundos públicos para fazer reformas na residência privada levaram o partido no poder - o ANC, Congresso Nacional Africano - a encostar a Zuma à parede.

O chefe de Estado considera que não tem razões para se demitir. O ANC já fez saber que pretende apresentar uma moção de censura no Parlamento esta quinta-feira.

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