Os dois birmaneses estavam a investigar a alegada limpeza étnica dos rohingya quando foram detidos, a 12 de dezembro
Acusados de violar a lei do segredo de Estado em Myanmar, os dois jornalistas da agência Reuters que estão a ser julgados na antiga Birmânia dizem estar inocentes.
Detidos, em dezembro, quando investigavam a crise dos rohingya incorrem numa pena que pode chegar aos 14 anos de prisão.
"O polícia que, hoje, testemunhou em tribunal não estava presente no momento em que fomos detidos, mas falou com se lá tivesse estado" refere o jornalista Kyaw Soe Oo.
"Acredito plenamente que não violamos o código de ética dos jornalistas. O nosso trabalho respeitou esses princípios. E isto pode mudar as regras de direito no nosso país. Acredito naquilo que fizemos" refere Wa Lone, jornalista.
Os dois birmaneses estavam a investigar a alegada limpeza étnica dos rohingya quando foram detidos, a 12 de dezembro. Os jornalistas terão recebido documentos que atestam a acusação contra as forças de segurança no estado de Rakhine e que levou à fuga de milhares de muçulmanos desta minoria para o vizinho Bangladesh.