Falta tratado para lidar com riscos militares da inteligência artificial

Robô humanóide Sophia esteve no debate sobre inteligência artificial
Robô humanóide Sophia esteve no debate sobre inteligência artificial Direitos de autor Conferência de Segurança de Munique
De  Isabel Silva
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A Presidente da Estónia, país vítima de um sério ciberataque alegadamente patrocionado por outro Estado, chamou a atenção para a falta de respostas para os desafios da inteligência artificial e da ciberguerra durante o evento de pré-abertura da Conferência de Segurança de Munique.

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Roubando o título a um filme da famosa saga Guerra das Estrelas, "O Despertar da Força", a Conferência de Segurança de Munique (CSM) debateu o papel da inteligência artificial nos conflitos modernos.

A Presidente da Estónia, país vítima de um sério ciberataque alegadamente patrocinado por outro Estado, chamou a atenção para a falta de respostas a nível da comunidade internacional.

"Enquanto cidadã estónia estou muito preocupada porque o meu país é um Estado digital avançado em comparação com muitos outros. A capacidade internacional de chegar a acordo para regulamentar o desenvolvimento tecnológico tem sido extremamente baixa. Não conseguimos avançar em nada!", disse, à euronews, Kersti Kaljulaid.

A robô humanóide Sophia foi mais uma vez convidada de honra para debates nesta área.

Embora a interação com o público seja sempre divertida, um ex-secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rassmussen, afirmou que "o uso de robôs e de inteligência artificial ao nível militar pode tornar todo o planeta mais instável".

"Penso que devemos elaborar um tratado internacional, juridicamente vinculativo, para proibir a produção e o uso daquilo que se costuma designar por armas letais autónomas", acrescentou Rasmussen.

No debate que antecedeu a abertura oficial da conferência, muitos expressaram preocupação com a possível criação de soldados artificiais com poderosos "cérebros" e de drones que sejam auto-pilotados.

Na sua 54 edição, a CSM atrai dezenas de líderes de topo para discutir questões ligadas à segurança da comunidade internacional, incluindo o secretário-geral da ONU, António Guterres, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

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