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O Parlamento Europeu está sob ameaça de espionagem?

Os líderes parlamentares do partido Alternativa para a Alemanha, Alice Weidel e Tino Chrupalla
Os líderes parlamentares do partido Alternativa para a Alemanha, Alice Weidel e Tino Chrupalla Direitos de autor Kay Nietfeld/(c) Copyright 2024, dpa (www.dpa.de). Alle Rechte vorbehalten
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De  Olivia StroudEuronews
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Aumentam os receios de que a democracia da União Europeia possa estar sob ameaça de espionagem.

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O partido Alternativa para a Alemanha (AfD) está sob fogo. Na quarta-feira, o assessor do cabeça de lista do partido alemão às eleições europeias, Maximilian Krah, foi detido após suspeitas de espionagem para o governo chinês.

Krah negou estar envolvido no escândalo de espionagem e mantém-se como cabeça de lista nas próximas eleições para o Parlamento Europeu, que estão a apenas seis semanas de distância.

Esta é a segunda vez num mês que o partido nacionalista alemão enfrenta alegações graves, com o segundo candidato da AfD à UE, Petr Bystron, a negar acusações de que recebeu 20 mil euros para difundir propaganda do Kremlin. 

Esses escândalos são muito prejudiciais à imagem do partido, alertou o professor de política Hajo Funke.

O partido não quer apenas "radicais de extrema-direita para votar nas eleições europeias, mas também aqueles que estão frustrados, dececionados com o atual governo e até mesmo com a CDU como partido da oposição. E neste contexto, é um escândalo para eles", explicou Funke à Euronews.

Funke diz que os radicais no partido populista querem que Krah fique porque eles procuram um tipo diferente de Alemanha. "Eles querem uma república etno-nacionalista e racista", referiu.

Embora o AfD não seja o único partido de direita na Europa, é o mais influente e "um dos mais perigosos", acredita Funke.

O politólogo também não ficou surpreso com as alegações. "Houve acusações contra Maximilian Krah o tempo todo, acusações constantes contra Bystron. Eles são dois representantes muito radicais dentro do partido."

Alegações podem ser a ponta do iceberg

Os serviços de inteligência têm soado o alarme de que há redes ligadas a regimes autoritários a usar táticas de espionagem para obter vantagens políticas, militares e diplomáticas em toda a Europa, há vários anos.

Muitos temem que, se a AfD chegar ao poder, possam mudar a Constituição do país ou pôr fim aos meios financiados pelo Estado que os fazem prestar contas.

Krah não respondeu ao pedido da Euronews para comentar.

O Bundestag reuniu-se na quinta-feira para discutir a ameaça da Rússia e da China à democracia europeia. O membro do parlamento alemão Konstantin von Notz classificou a AfD de "uma desgraça para esta casa e para todo o nosso país."

Krah e Bystron continuam a ser candidatos à AfD nas eleições parlamentares da UE, embora Krah não vá estar presente no evento de abertura da campanha eleitoral europeia do partido neste fim de semana.

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