Combatentes do grupo curdo YPG acusam a Turquia de estar a combater as forças curdas de Afrin e não os radicais islâmicos.
O número de europeus que viajam para a Síria para combater o grupo Estado Islâmico está a aumentar.
O destino é a região autónoma de Afrin, na Síria, local onde se encontram as forças curdas do YPG.
Maxime Barrat, um francês que combateu ao lado do YPG, tem 28 anos e esteve na Síria por várias vezes para combater o grupo Estado Islâmico.
O combatente francês afirma que a ofensiva turca em Afrin tem como objetivo combater as forças curdas e não o Estado Islâmico.
"A Turquia não utiliza apenas as suas próprias forças mas utiliza também outros grupos que antes eram utilizados pelo Estado Islâmico, Grupos como o FSA e a Frente al-Nusra, ou seja, grupos terroristas ligados ao Estado Islâmico. Isto é algo que não podemos aceitar quando vemos o que eles fazem no terreno, isto não é aceitável", afirma o antigo militar.
O combatente francês afirma que a ofensiva turca em Afrin tem como objetivo combater as forças curdas e não o Estado Islâmico.
Em Bruxelas contudo o representante do partido no poder na Turquia rejeita as acusações.
"A Turquia é um dos países mais atacados pelo grupo Estado Islâmico. É por isso que nós rejeitamos vigorosamente essas acusações. A fronteira turca também é uma fronteira europeia. Estamos a tomar medidas contra o grupo Estado Islâmico, o PKK e todas organizações terroristas", adiantou Ruhi Açıkgöz à euronews.
Esta quarta-feira, a Turquia alertou as forças pró-regime sírio de que enfrentariam o que foi designado por "sérias consequências" se entrassem na região de Afrin para combater a ofensiva turca.
João Ferreira