A Gazprom suspendeu o abastecimento à companhia ucraniana, deixando o país em défice e a precisar de encontrar soluções para manter o fornecimento à população.
O abastecimento de gás está a provocar um novo braço de ferro na tensa relação entre Rússia e Ucrânia.
Depois da decisão desta semana do tribunal arbitral de Estocolmo, que condenou a empresa russa Gazprom a pagar mais de dois mil milhões de euros aos ucranianos da Naftogaz, a Gazprom decidiu suspender o abastecimento de gás ao país vizinho, quando este enfrenta uma vaga de frio e as temperaturas rondam os -15º centígrados.
Em causa esteve um suposto défice no abastecimento de gás contratualizado entre as duas companhias, com a Gazprom a não cumprir o que estaria definido.
A decisão levou mesmo a Ucrânia a fechar provisoriamente as escolas até dia 06 de março e a procurar alternativas. A solução veio da Europa, com o presidente ucraniano Petro Poroshenko a garantir que o défice de gás já foi anulado com o aumento das remessas europeias.
"Temos hoje um aumento drástico de entregas de gás da União Europeia: da Polónia, da Eslováquia e da Hungria. Por isso, todo o défice - a esta hora que falamos - está totalmente coberto", assegurou.
As relações entre os dois países estão muito deterioradas desde 2014, ano da anexação da Crimeia pela Rússia.
No entanto, o diferendo entre as companhias de gás é ainda mais antigo, contando profundas disputas comerciais desde 2006.
A polémica vai continuar nos tribunais, já que as duas empresas anunciaram que vão lutar pelos respetivos direitos.