Censura de volta a Espanha?

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Quase quatro décadas depois do fim da ditadura, discute-se a alegada censura a jornalistas, escritores ou cantores por divulgarem textos considerados polémicos ou contra a monarquia espanhola.

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Em Espanha, são muitas as vozes que se insurgem contra decisões judiciais que consideram ser limitadoras da liberdade de expressão e contrárias a um regime democrático.

Quase quatro décadas depois do fim da ditadura, discute-se a alegada censura a jornalistas, escritores ou cantores por divulgarem textos considerados polémicos ou contra a monarquia espanhola.

A 1 de março, uma juíza de Collado Villalba, na província de Madrid, mandou retirar das livrarias o livro sobre o tráfico de droga, na Galiza, do jornalista Nacho Carretero, a pedido do antigo presidente de Câmara de O Grove, José Alfredo Bea Gondar.

Em janeiro de 2016, Bea Gondar processou Carretero e a editora Livros del KO por alegada violação do direito à honra, após ter sido citado no livro como implicado numa operação de tráfico de cocaína na Galiza.

Na sexta-feira, o Supremo Tribunal de Espanha condenou o rapper Pablo Rivadulla, conhecido pelo nome artístico de Pablo Hásel, a dois anos e um dia de prisão por enaltecimento do terrorismo e por caluniar instituições espanholas e estatais, em mensagens na rede social Twitter e numa cançõ publicada no YouTube.

Condenado a três anos e seis meses de prisão foi o rapper Josep Miguel Arenas, conhecido como Valtonyc, por cantar músicas com calúnias e ofensas graves à Coroa de Espanha e por enaltecimento do terrorismo.

Em fevereiro, a obra do artista Santiago Sierra, "Presos Políticos na Espanha Contemporânea" foi retirada da ARCO - a Feira Internacional de Arte Contemporânea de Madrid a pedido da organização por ser demasiado polémica.

O conjunto de 24 fotografias pixelizadas identifica pessoas presas por comentários, ações ou alinhamentos políticos que os tribunais espanhóis consideraram inaceitáveis.

A ação da ARCO foi fortemente criticada. O escritor peruano e Nobel da literatura, Mario Vargas Llosa, classificou a retirada como "um erro terrível" pois a arte e a literatura devem primar pela liberdade "irrestrita".

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