Declarações polémicas reveladas por uma câmera oculta levaram a empresa britânica a afastar o dirigente
Depois da polémica estar instalada, a Cambridge Analytica, empresa britânica especializada em comunicação estratégica, decidiu afastar o seu presidente, Alexander Nix.
Tudo começou quando a Channel 4 News, cadeia de televisão britânica, divulgou um trabalho em que mostrava o dirigente Alexander Nix a sugerir, a um repórter difarçado de um homem poderoso interessado em manipular campanhas políticas, técnicas de como denegrir a imagem de políticos nas redes sociais.
A empresa suspendeu o presidente com "efeito imediato" na expectativa de "uma investigação completa e independente". A Cambridge Analytica alega que os comentários tecidos pelo dirigente "não representam os valores" da empresa.
A Cambridge Analytica está a ser acusada de ter obtido ilegalmente dados de 50 milhões de utilizadores do Facebook para elaborar um programa informático que permite prever e influenciar o comportamento eleitoral.
O Facebook negou que tal tenha acontecido, no entanto, a empresa de comunicação admite que obteve os dados dos utilizadores. Esta contradição deixa as duas empresas em conflito. Ou o Facebook foi alvo de um "roubo de informação", ou terá facilitado a cedência de dados, o que vai contra as regras da rede social.
Ambas as empresas estão a ser alvo de investigação.
Entretanto, um ex- colaborador da Cambridge Analytica veio denunciar o comportamento da empresa.
Christopher Wylie, um jovem agora debaixo dos holofotes, diz estar arrependido de ter colaborado com a empresa e que, agora, a primeira coisa que tem de ser feita é "contar às pessoas a verdade".
O Facebook já encerrou a conta oficial da empresa da Cambrigde Analytica, empresa que esteve também envolvida na campanha eleitoral Donald Trump, em 2016.