Sarkozy nega acusações de financiamento eleitoral ilícito

Sarkozy e o antigo líder líbio, Khadafi
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O antigo chefe de estado francês prestou declarações aos magistrados num caso que se arrasta desde 2013.

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O antigo presidente francês, Nicolas Sarkozy, descreveu as acusações de financiamento ilícito da sua campanha eleitoral de 2007 como "uma teia de mentiras" que tornou a sua vida num "inferno".

Sarkozy afirmou ainda que as acusações lhe teriam custado a re-eleição em 2012. As declarações do antigo presidente francês foram feitas perante os magistrados que acompanham este caso e reveladas pelo diário francês, "Le Figaro".

Em declarações prestadas ao diário francês, Sarkozy afirma ter demonstrado várias mentiras envolvendo, entre outros, o filho de Kadhafi, Saïf Al Islam.

"Durante o tempo que passei sob custódia provei as mentiras ditas pelo Sr. Takieddine. O senhor Takieddine teria alegadamente visto o filho de Khadafi no dia 4 de março de 2011. Não há erro possível relativamente a esta data porque no dia seguinte o senhor Takieddine foi detido em Le Bourget com uma soma elevado de dinheiro, o senhor Takieddine disse: "Eu perguntei ao filho de Khadafi se o que ele havia dito à euronews sobre o financiamento da campanha de Nicolas Sarkozy era verdade".

No entanto, este facto é materialmente impossível uma vez que a entrevista de Saïf Al Islam apenas teve lugar doze dias mais tarde, a 16 de março. Como é que se pode perguntar algo a alguém sobre um programa que não teve lugar e sobre coisas que ainda não haviam sido ditas? É uma mentira!"

Sarkozy foi detido pelas autoridades para interrogação na terça-feira e libertado ao final do dia na quarta-feira.

O alegado caso de financiamento eleitoral ilícito remonta a 2013. O antigo chefe de estado francês é acusado de corrupção passiva, financiamento eleitoral ilegal e ocultação de fundos públicos líbios.

João Ferreira

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