Sarkozy interrogado pelo segundo dia consecutivo

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De  Rodrigo Barbosa com AFP / EFE
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Ex-presidente francês é questionado sob suspeitas de ter recebido dinheiro de Khadafi para a campanha presidencial de 2007

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Depois de uma curta noite em que pode voltar a casa, o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy responde hoje, pelo segundo dia consecutivo, perante a polícia anticorrupção às suspeitas de ter recebido dinheiro do antigo dirigente líbio Muammar Khadafi para a campanha eleitoral de 2007.

As autoridades têm 48 horas para interrogar Sarkozy, antes de avançar com uma acusação formal, optar por uma nova convocação numa data mais adiante ou simplesmente deixar o ex-chefe de Estado em liberdade sem dar continuidade ao processo.

Nadine Morano, eurodeputada do partido "Les Républicains" de Sarkozy, acredita que "não dará em nada. Vão sujar [a sua imagem], mas assim que for lavada, haverá apenas algumas linhas na imprensa".

Annie Genevard, eurodeputada da mesma formação, considera que "onze anos é muito tempo sem nunca se ter conseguido estabelecer os factos, o que pende a favor de uma forma de insistência que poderia ser chamada de assédio".

Ontem também foi interrogado o antigo ministro do Interior de Sarkozy, Brice Hortefeux, embora com um estatuto livre, para evitar aos investigadores pedir o levantamento da imunidade que lhe é conferida pelo cargo atual de eurodeputado. À saída, Hortefeux escreveu no Twitter que "os detalhes oferecidos deverão permitir dar por concluída uma sucessão de erros e mentiras".

Se Sarkozy escapa ou não a este processo legal é a questão que paira no ar, quando o ex-presidente é já acusado noutros processos, nomeadamente acerca do financiamento da campanha para outras presidenciais, as de 2012, quando foi derrotado face a François Hollande.

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