As reformas no acesso ao ensino superior são o objeto da fúria dos estudantes.
A situação permanece tensa nas universidades francesas.
Em Paris, Toulouse, Bordéus e Lille, os estudantes mobilizam-se contra a reforma no acesso ao ensino superior organizando paralisações ou bloqueios.
Através desta reforma o governo espera melhorar a orientação profissional dos jovens no final do liceu a fim de aliviar o acesso a cursos demasiados concorridos como é o caso de direito ou medicina.
Mas os estudantes contestatários vêm estas reformas como medidas de instauração de um princípio de seleção à entrada. Para eles, a reforma significa o fim da universidade para todos e da liberdade de escolha.
“Isto impede os estudantes de irem para a universidade e de escolherem o que querem estudar. E a escolha de um curso hoje em dia significa escolher um futuro" afirma um estudante que participou num protesto na universidade de Lille.
O movimento criou tensões agudas com os estudantes favoráveis às reformas no momento em que se aproximam os exames.
Em Bordéus, a polícia de intervenção foi chamada para retirar os grevistas da faculdade. No entanto, foi na faculdade de Direito de Montpellier que a situação se agravou. Indivíduos encapuçados armados de bastões irromperam numa sala para terminar com o protesto.
O reitor da faculdade e um professor foram igualmente detidos devido a suspeitas de cumplicidade com os autores dos atos de violência.