Nos confrontos da última semana já morreram 32 palestinianos.
Os atuais confrontos na fronteira entre Gaza e Israel já são considerados os mais violentos dos últimos anos. Esta sexta-feira, dez pessoas morreram, entre elas um jornalista, e cerca de 500 ficaram feridas. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pede uma investigação independente sobre os confrontos. Um apelo repetido pelo embaixador do Kuwait na ONU.
“Condenamos firmemente a ação das forças israelitas que provocaram a morte de palestinianos durante os protestos pelos seus direitos intransmissíveis. Mais uma vez, repetimos o apelo do secretário-geral para a necessidade de uma investigação independente e transparente sobre estes incidentes. Reafirmamos também a importância de uma proteção internacional para os palestinianos”
Os confrontos começaram no final de março com um protesto pacífico convocado por vários grupos palestinianos. Para Jonathan Conricus, porta-voz do exército israelita, os confrontos são uma forma do Hamas lançar ataques contra o país
“Não é, de forma nenhuma, uma manifestação pacífica. É um motim com meios violentos. O objetivo desta ação, de acordo com o Hamas, é acabar com a fronteira. Eles querem entrar em Israel. Estão a tentar utilizar estes confrontos como um disfarce, uma forma de entrar, de abrir a vedação e colocar terroristas em Israel”.
A chamada "Marcha do Retorno" começou em Gaza, no dia 30 de março, com manifestações junto à fronteira com Israel.
Nos confrontos já morreram 32 palestinianos.