O desvio dos valores europeus e um discurso anti-imigração puseram a Hungria em rota de colisão com a União Europeia. A controvérsia também está instalada no Partido Popular Europeu, o maior do Parlmento Europeu e ao qual pertencem os eurodeptados húngaros eleitos pelo partido Fidesz, de Orbán.
O desvio dos valores europeus e um discurso anti-imigração puseram a Hungria em rota de colisão com a União Europeia.
"Orbán foi eleito com base numa plataforma de populismo e retórica anti-europeia, anti-semita e xenófoba"
Eurodeputado, centro-direita, Suécia
A relatora do Parlamento Europeu sobre este tema apresentou, quinta-feira, uma avaliação muito crítica.
"Há um risco claro de grave violação dos valores em que esta União Europeia está fundada", disse Judith Sargentini, eurodeputada ecologista holandesa.
A controvérsia também está instalada no Partido Popular Europeu (PPE), o maior do Parlamento Europeu e ao qual pertencem os eurodeputados húngaros eleitos pelo Fidesz, partido do primeiro-ministro, Viktor Orbán.
O presidente do PPE, Manfred Weber, felicitou Orbán, algo que foi criticado por um colega sueco.
"Orbán foi eleito com base numa plataforma de populismo e retórica anti-europeia, anti-semita e xenófoba", escreveu Gunnar Hökmark numa carta enviada a Weber.
Lívia Járóka, eurodeputada húngara eleita pelo Fidesz, considera normal este debate ideológico, mas desvaloriza as críticas ao regime ultranacionalista de Orbán, que foi reeleito, domingo, para um terceiro mandato.
"No PPE temos um fórum aberto, todos os membros podem falar das suas próprias preocupações e vieram falar comigo. É por isso que posso dizer que essas preocupações se baseiam informações erradas", disse Lívia Járóka à euronews.
A Hungria é alvo de avaliações que poderão levar à ativação do artigo sete do Tratado da União Europeia, cuja sanção máxima é a perda de direito de voto de um Estado-membro.