A mega operação coordenada pela Interpol decorreu em 13 países e permitiu resgatar 350 pessoas
Mulheres, homens e crianças. Pelo menos 350 pessoas, vítimas de exploração sexual e de trabalhos forçados foram resgatadas durante uma operação coordenada pela Interpol e realizada em 13 países da América Latina e do Caribe. A "operação liberdade" como foi batizada arrancou há dois anos e culminou em abril com a detenção de 22 pessoas.
Os traficantes atraíam as vítimas - a maioria emigrantes - com promessas de um emprego e de uma vida melhor. Muitas eram, depois, vendidas a outros grupos de criminosos.
"Neste caso, quando se fala de tráfico de seres humanos são organizados grupos criminosos que revendem estas pessoas entre eles" afirma Cem Kolcu, coordenador da unidade da Interpol que luta contra o tráfico de seres humanos.
Cerca de 500 agentes estiveram envolvidos na operação. As vítimas foram resgatadas em casas de prostituição, minas, fábricas e mercados de rua em condições que os investigadores descreveram como "dramáticas."
O tráfico de seres humanos para exploração laboral está a aumentar e Portugal não foge à regra. Pelo menos é o que revela o relatório anual do Grupo de especialistas contra o tráfico de seres humanos do Conselho da Europa. Os homens aparecem explorados em setores como agricultura, a construção e pescas. As mulheres são apontadas como vítimas de exploração sexual e laboral.