Reivindica-se a progressão na carreira, a contagem de horas extraordinárias e a redução da carga semanal.
Sendo uma greve de assistentes operacionais e técnicos administrativos do setor da Saúde, muitos dos que acorreram esta quarta-feira aos hospitais portugueses viram-se a braços com as alternativas eletrónicas.
"Pedi à senhora de bata amarela, porque não percebo nada disto, se me ajudava e ela tirou-me a senha. Agora vou lá abaixo outra vez, lá para o fundo, a ver se tenho consulta e se isto dá", dizia uma utente.
Esta paralisação nacional arrancou com uma adesão entre os 70% e os 80%, sendo que a mobilização ainda se prolonga por esta quinta-feira.
"Já estou à espera há três anos para ser operada a uma vista, para tirar a catarata. E chego hoje aqui e é esta a situação", desabafava uma senhora.
Reivindica-se a progressão na carreira, a contagem de horas extraordinárias e a redução da carga semanal.
"Estamos a falar de cerca de 30 mil trabalhadores que fazem ainda as 40 horas e têm um vencimento igual àqueles que fazem 35. É mais do que justo que haja disponibilidade por parte do governo para negociar", realça José Abraão, secretário-geral do Sintap.
Para a semana, serão os médicos a protagonizar uma greve de 3 dias.