A Casa Branca acusa o movimento palestiniano de provocar a reação do exército israelita.
De um lado a festa de Israel e Estados Unidos pela nova embaixada norte-americana em Jerusalém; do outro, a violência sem fim à vista na faixa de Gaza.
Mais de 55 pessoas morreram e quase 3000 ficaram feridas nos confrontos desta segunda-feira entre as forças israelitas e os manifestantes palestinianos. E perante as mais recentes posições das duas partes, a tensão poderá até agravar-se no território.
Os responsáveis palestinianos já condenaram os ataques israelitas junto da fronteira e pediram a intervenção da comunidade internacional. No entanto, para os Estados Unidos, a morte de 59 pessoas nos confrontos é da exclusiva responsabilidade do Hamas, assegurando que continua empenhado no processo de paz.
"A responsabilidade por estas trágicas mortes depende diretamente do Hamas. O Hamas está intencional e cinicamente a provocar essa resposta e, como o secretário de Estado disse, Israel tem o direito de se defender", afirmou aos jornalistas o porta-voz adjunto da Casa Branca, Raj Shah.
Uma visão radicalmente distinta daquela que é defendida pelo representante palestiniano nas Nações Unidas, Riyad Mansour: "É verdadeiramente trágico que estejam a celebrar uma ação ilegal enquanto Israel mata e fere milhares de civis palestinianos".
Além dos confrontos em Gaza, a inauguração da nova embaixada americana em Jerusalém motivou também várias manifestações. Milhares de civis desfilaram pelas ruas com bandeiras palestinianas, defendendo o direito a ter Jerusalém Oriental como a capital do futuro estado.
Para esta terça-feira estão já previstos novos protestos palestinianos.