Palestinianos revoltam-se e pedem intervenção internacional

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Direitos de autor REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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De  João Paulo Godinho com Reuters
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Os violentos confrontos em Gaza nesta segunda-feira resultaram em pelo menos 59 mortos e quase 3000 feridos.

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Depois dos confrontos, a revolta.

24 horas após o dia mais sangrento no conflito israelo-palestiniano desde 2014, em que pelo menos 59 pessoas morreram e quase 3000 ficaram feridas, as autoridades palestinianas insurgiram-se contra Israel e os Estados Unidos.

No epicentro da escalada de violência no território está a inauguração esta segunda-feira da nova embaixada americana em Jerusalém, que saiu de Telavive por decisão do presidente dos EUA, Donald Trump.

O Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, declarou três dias de luto pelas vítimas e o movimento Hamas aponta a responsabilidade dos últimos acontecimentos à mudança da embaixada norte-americana.

"Isto não é uma embaixada, é um posto avançado dos Estados Unidos. Antes, tínhamos um posto avançado israelita com o apoio americano, mas agora temos um posto avançado americano em Jerusalém Oriental", afirmou Abbas.

A comunidade internacional, liderada por França e Reino Unido, apelou à contenção em Gaza. No entanto, o Hamas já garantiu que os palestinianos não se vão resignar.

"Dizemos claramente e que todo o mundo nos oiça: os grupos de resistência, principalmente as Brigadas Hamas e Qassam, não serão pacientes diante da opressão sionista que mata o nosso povo e destrói o dia e a noite", declarou Khalil al-Hayya, um alto representante do Hamas.

A reação palestiniana já se fez sentir também a nível formal. Os países árabes, em articulação com o embaixador palestiniano para as Nações Unidas, Riyad Mansour, exigiram uma reunião de emergência ao Conselho de Segurança da ONU para pedir a intervenção da comunidade internacional.

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