Putin diz que Rússia precisa de participar no inquérito ao ataque contra o voo MH17 da Malaysia Airlines, depois de investigadores apontarem dedo a unidade militar russa
A Rússia deve participar na investigação internacional ao ataque contra o voo MH17 da Malaysia Airlines para poder aceitar as suas conclusões: esta foi a posição de Vladimir Putin, depois da equipa de investigadores dirigida pela Holanda ter concluído que o avião de passageiros, com 298 pessoas a bordo, foi abatido em julho de 2014, quando sobrevoava a Ucrânia, com um míssil disparado por uma unidade militar russa.
O presidente russo afirmou que "a Ucrânia está envolvida na investigação, mas a Rússia não. Por isso não sabe o que a comissão escreve nos relatórios e em que se baseia. Para reconhecer o relatório, tem de estar completamente envolvida na investigação".
A diplomacia russa já tinha reagido em comunicado, classificando as conclusões do inquérito como "acusações gratuitas" com o objetivo de "descreditar" a Rússia. O Kremlin negou repetidamente no passado qualquer envolvimento no caso, acusando as forças ucranianas de abater o avião da Malaysia Airlines, quando sobrevoava a região separatista de Donetsk.
Em São Petersburgo para participar no Fórum Económico Internacional, o presidente francês Emmanuel Macron apelou ao homólogo russo para lidar de forma construtiva com as investigações.