Manifestantes da extrema-direita alemã saíram à rua, em Berlim, contra os emigrantes estrangeiros no país. Do outro lado, protestava-se a favor da inclusão.
O partido Alternativa para a Alemanha, da extrema-direita alemã, realizou um protesto em Berlim, este domingo. Sob o lema "O futuro da Alemanha", a formação e os seus apoiantes querem o fim da migração para o país:
"Temos a impressão de que a Alemanha está sobrecarregada com a integração", diz um jovem manifestante, no protesto da AFD.
"Estou aqui para marcar a minha posição de que a política não pode continuar como está", refere uma apoiante da extrema-direita alemã.
"Este tipo de manifestações não é muito comum na Alemanha mas o AFD orgulha-se de quebrar as regras. Eles podem estar no parlamento nacional, agora, mas ainda conseguem mobilizar o apoio nas ruas e esta manifestação atraiu o apoio de outros grupos de extrema-direita, que partilham as mesmas visões", adianta a correspondente da euronews, Jessica Saltz.
Enquanto estes milhares de manifestantes marchavam para o centro da cidade, eram apupados, ao longo do caminho, por cerca de 25.000 pessoas contrárias às suas posições e que tentavam bloquear a sua marcha.
Mais de uma dúzia de organizações de esquerda organizaram eventos contra a AFD por toda a capital alemã:
"É bom haver novos partidos políticos mas não gosto deste porque eles são racistas", diz uma manifestante.
"Não podemos tolerar a exclusão na Alemanha e, com a nossa história, não podemos tolerar que essas pessoas estejam no Parlamento e espalhem o ódio", adianta outro manifestante.
“A AFD entrou no parlamento, pela primeira vez, em setembro, com uma forte mensagem anti-imigrante e anti-Islão que voltámos a ouvir. Quem está contra eles dizem que representam uma ideologia fascista antiquada e a amplitude dos contraprotestos, vistos hoje em Berlim, mostram o quão controversa a AFD continua a ser”, explica a correspondente da euronews, Jessica Saltz.