O procurador federal está neste momento a tratar o sucedido como um ato de assassínio terrorista.
Liège, uma cidade de luto depois do ataque terrorista de terça-feira.
A polícia, as autoridades e a população de Liège assinalaram a ocasião observando um minuto de silêncio. Numa demonstração de solidariedade seguida por uma cerimónia emocional en honra das três vítimas do ataque.
Não é a primeira vez que Liège é alvo de terrorismo. Em 2011, um homem armado disparou nesta praça do centro da cidade, matando 6 pessoas.
No local do ataque de terça-feira, tudo parece ter regressado, quase, ao normal.
A euronews falou com uma colega de escola de Lucille Garcia, uma das agentes de polícia morta no ataque.
"Lucille era uma jovem sorridente que tinha tido a sua dose de dor e sofrimento na vida. Ela tinha muitos problemas mas era uma lutadora. Sorria sempre e estava sempre bem disposta. Ontem tive um pressentimento e enviei-lhe uma mensagem. Ela não respondeu, por isso pensei logo que tinha sido ela..." disse.
A outra vítima agente de polícia é a Soraya Belkacemi, mãe de gémias de 13 anos, juntamente com o seu marido, também polícia.
A escola onde o atacante, Benjamin Hermann, foi morto permanece fechada.
No local do ataque as pessoas continuam a deixar ramos de flores e mensagens de solidariedade. Muitos ainda não acreditam no que aconteceu.
"Choca-me que isto tenha acontecido aqui. É evidente que o responsável não éra de cá, era um marginal que talvez não devesse ter sido libertado," comentou um residente na cidade.
Unida na dor, a Bélgica agora quer respostas.
O procurador federal está neste momento a tratar o sucedido como um ato de assassínio terrorista, um atentado. O caso poderá tornar-se um caso de ataque terrorista se as seguintes suspeitas forem confirmadas: saber se Benjamin Hermann tinha relação direta ao ISIS, como o ISIS reivindica, e se o alvo específico do ataque foram os oficiais do estado Belga.