Grupo francês PSA "rende-se" a Trump e retira-se do Irão

Grupo Peugeot-Citroen vai suspender negócios no Irão
Grupo Peugeot-Citroen vai suspender negócios no Irão Direitos de autor REUTERS/Benoit Tessier/Arquivo
De  Francisco Marques
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A Peugeot-Citroen tinha celebrado acordos de mil milhões de euros em cinco anos com o fim das sanções, mas reposição das sanções americanas foi mais forte

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O grupo automóvel PSA, que integra a Peugeot e a Citroen, vai suspender as lucrativas atividades iniciadas no Irão há dois anos com o objetivo de respeitar a lei americana.

Em comunicado, a empresa liderada pelo português Carlos Tavares lembra os acordos de "joint-venture" celebrados com a iraniana Khodro há exatamente dois anos e com a Saipa um pouco depois para fornecer o mercado persa com veículos modernos da Peugeot e da Citroen.

Um negócio só possível depois do levantamento das sanções internacionais permitido pelo acordo nuclear com o Irão no inicio de dois mil e dezasseis.

No entanto, a recente retirada dos Estados Unidos desse acordo e o reatar das sanções americanas ao Irão, com um prazo até seis de agosto para as empresas com investimentos naquele país se readaptarem, leva agora o grupo PSA a render-se à imposição de Donald Trump e a anunciar a suspensão dos negócios num mercado persa para onde, só ano passado, exportou 444.600 veículos.

O negócio da PSA no Irão está avaliado em mil milhões de euros durante cinco anos e tinha previsto o fabrico já em território persa de 200 mil unidades Peugeot e 150 mil da Citroen até 2021.

Outras fontes • PSA

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