Embaixador americano pressionado para deixar a Alemanha

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De  João Paulo Godinho
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Richard Grenell, de 51 anos, mostrou-se favorável ao apoio a forças políticas antissistema em solo alemão.

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O embaixador norte-americano na Alemanha, Richard Grenell, foi esta quarta-feira chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão, após a expressão de apoio a forças políticas antissistema no país.

As palavras do diplomata geraram imediatamente uma enorme controvérsia na sociedade alemã, com várias figuras, como o ex-presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, a criticarem e a alertarem para as semelhanças com o discurso que marcou os anos anteriores à II Guerra Mundial.

Nomeado há pouco mais de um mês para representar os Estados Unidos em Berlim, Grenell falou ao site de extrema-direita Breitbart e em pouco tempo foi alvo de pedidos de expulsão de solo alemão.

"É muito difícil e muito perigoso porque ele pode se tornar um espécie de defensor dos políticos populistas de direita e de esquerda que gostariam de destruir a nossa sociedade livre", declarou Roderich Kiesewetter, da CDU, o partido da chanceler Angela Merkel.

Na mesma linha esteve Sarah Wagenknecht, do partido Die Linke: "Desde que se tem, de alguma forma, o sentimento de que o novo mestre colonial veio para cá, acho que nenhum governo pode tolerar isso."

No entanto, O Departamento de Estado norte-americano já defendeu a liberdade de Grenell para expressar as suas opiniões.

Aliás, esta não foi a primeira declaração controversa do embaixador de 51 anos. Logo em maio, dias depois da sua nomeação, Grenell avisou as empresas alemãs para acabarem os negócios com o Irão, depois de Donald Trump ter anunciado a retirada dos Estados Unidos do Acordo nuclear.

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