Paramilitares massacram família de sete pessoas

Paramilitares massacram família de sete pessoas
De  Ricardo Figueira

Trata-se, alegadamente, de uma vingança por a família se recusar a emprestar a casa para o iso de "snipers".

Uma família quase inteira morreu num incêndio criminoso em Manágua, capital da Nicarágua, naquele que foi um dos dias mais negros da repressão dos opositores ao presidente Daniel Ortega. O prédio de três andares onde vivia a família Velázquez Pavón foi incendiado com cocktails molotov, mas as versões sobre a autoria do massacre divergem: a polícia fala de delinquentes encapuzados, enquanto pessoas próximas da família culpam as forças paramilitares com o apoio da polícia: "Queríamos fazer o possível para ajudar, mas a polícia não deixou. Com os paramilitares, atacou, atirou a matar", conta um vizinho.

Neste incêndio morreram sete pessoas, incluindo três menores. O Centro Nicaraguense de Direitos Humanos, uma das principais ONG do país, diz que se tratou de um ato de vingança por parte das forças leais ao governo, por a família se recusar a emprestar a casa para o uso de snipers. No mesmo bairro, outros dois homens foram mortos e queimados na rua. Desde o dia 18 de abril, a repressão na Nicarágua já fez mais de 200 mortos.

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