Incidente gerou onda de indignação
As autoridades russas estão a investigar o caso, esta a garantia dada na quinta-feira pelo chefe da delegação russa perante o Comité da ONU contra a Tortura, em Genebra.
A publicação de um vídeo com imagens do espancamento brutal de um prisioneiro russo em 2017 gerou uma onda de choque no país.
A publicação do vídeo na semana passada pelo jornal Novaya Gazeta já levou à detenção de oito funcionários prisionais incluindo o vice-diretor do estabelecimento.
Irina Biryukova, advogada da Fundação Veredicto Público e responsável pela publicação do vídeo defende a decisão.
"Assim que obtivemos o vídeo decidimos publicá-lo. Ficámos profundamente chocados. Quando abri o ficheiro pela primeira vez só consegui assistir aos primeiros 10 segundos sem som e não consegui assistir ao resto. Não consegui regressar ao vídeo durante dois ou três dias. A seguir, eu e os colegas assistimos ao vídeo em conjunto e foi então que decidimos publicar", afirmou a advogada.
Após a publicação do vídeo, Irina Biryukova recebeu várias ameaças de morte e teve que abandonar o país devido a receios pela sua segurança pessoal.
O caso ocorreu numa prisão na região de Yaroslavl. O prisioneiro em questão encontrava-se algemado enquanto era espancado por guardas em uniforme.