Legislativas no Camboja ensombradas por ausência de movimento da oposição

Legislativas no Camboja ensombradas por ausência de movimento da oposição
Direitos de autor 
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Partido do Povo Cambojano (PPC), do primeiro-ministro Hun Sen, venceu todas as eleições desde 1998

PUBLICIDADE

Acompanhado por um séquito de apoiantes, o primeiro-ministro do Camboja começou a jornada deste domingo bem cedo rumo a uma assembleia de voto da província de Kandal.

No poder há mais de três décadas, Hun Sen lidera o Partido do Povo Cambojano (PPC), favorito à vitória das legislativas.

Muitos alegam uma "farsa" que se segue a meses de intimidação por parte de Sen e ao facto de a principal força da oposição ter sido ilegalizada.

"Infelizmente estas eleições não serão genuínas, nem livres e justas. O problema é que o Partido de Salvação Nacional do Camboja, na oposição, que conseguiu 44% dos votos nas eleições locais de 2017, foi barrado. Estamos a falar de um escrutínio sem oposição", sublinha Phil Robertson, da Human Rights Watch.

Dias antes do escrutínio, as autoridades bloquearam os websites de meios de comunicação social independentes, mas o Governo insiste na versão de eleições "livres e justas." Se uns denunciam "o canto da sereia", outros deixam-se embalar pela melodia.

"Adoro o primeiro-ministro Hun Sen porque ajuda a construir muitas coisas para as pessoas nas províncias. Construiu escolas. Ajudou os pobres", diz Mao Sam An, eleitor.

Mao Monika, uma jovem de 25 anos, acrescenta: "Espero que depois das eleições haja paz, como sempre, em vez do caos na nossa sociedade."

Em 2013, a Comissão Eleitoral falou numa taxa de participação nas eleições de 69%.

Agora afastado, o Partido de Salvação Nacional do Camboja, de Kem Sohka, obteve, na altura, 44% dos votos, surpreendendo de forma inesperada o Governo.

A formação foi acusada de estar envolvida numa conspiração para derrubar o Executivo, com o apoio de Washington.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Chega conquista eleitorado jovem: os porquês

À quarta foi de vez: Aguiar Branco eleito presidente da Assembleia da República

AD sem maioria: futuro do Governo português nas mãos do PS e Chega