Regulamento de reunificação familiar entra em vigor na Alemanha

O sírio Oudai al-Homsi vive há três anos sozinho em Berlim e sonha trazer a mulher e os filhos para junto dele, mas não deposita grandes esperanças no novo regulamento que entrou em vigor esta quarta-feira, na Alemanha. A partir de agora será possível a entrada no país de até mil familiares de pessoas com estatuto de proteção subsidiária por mês.
"O limite de mil refugiados por mês é um problema. Mesmo que eu obtenha a hipótese de reunião familiar, quem virá primeiro? Quando virão?
Depois de em 2015 ter recebido o maior fluxo de pessoas à procura de asilo do pós-guerra, a Alemanha tinha suspendido, em 2016, a reunificação familiar para pessoas que como Oudai têm o estatuto de proteção subsidiária, mas não de refugiado.
"Não temos grandes esperanças que a reunificação familiar tenha sido reestabelecida, embora as embaixadas e os consulados estejam a aceitar requerimentos. Mas as decisões sobre esta lei mudaram duas vezes. Portanto, nesta terceira vez, só acredito quando os vir aqui com residência", realça Oudai.
Mais de 28 mil pessoas já terão agendado reuniões nas embaixadas alemãs em diversos países, mas podem ter de esperar anos para conseguirem juntar-se à família.