OMS diz que conflito na RD Congo dificulta combate ao Ébola

OMS diz que conflito na RD Congo dificulta combate ao Ébola
Direitos de autor REUTERS/Kenny Katombe/File Photo
Direitos de autor REUTERS/Kenny Katombe/File Photo
De  Isabel Marques da Silva com EFE, AFP
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

OMS diz que conflito na RD Congo dificulta combate ao Ébola

PUBLICIDADE

Uma equipa da Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou, quinta-feira, à República Democrática do Congo, para coordenar a resposta a um novo surto de Ebola.

O foco situa-se na província do Kivu do Norte, no nordeste do país, palco de grande movimentação de deslocados por causa da guerra civil.

"É uma zona de conflito ativa, por isso vamos ter de levar a cabo operações de saúde pública na linha de frente, a fim de travar este surto. O outro fator que nos preocupa, obviamente, é que se situa numa zona fronteiriça, neste caso, a fronteira com o Uganda", disse, em exclusivo para a euronews, Peter Salama, diretor-adjunto da OMS, encarregado da unidade de Resposta de Emergência.

O país declarou o fim de outro surto, no passado dia 24 de julho, no lado oposto do país, a cerca 2500 km. Dos 54 casos registados, 21 pessoas sobrevieram a doença.

Essa experiência ajuda a conter o alastramento da epidemia na região, segundo Peter Salama: "Qualquer um dos países vizinhos ativou programas de resposta, com material e pessoal em estado de prontidão. Estão, certamente, muito melhor preparados do que no passado".

A doença, descoberta precisamente neste país, em 1976, é transmitida por contato direto com o sangue e fluídos corporais de pessoas ou animais infectados.

A febre causa hemorragias severas e tem uma taxa de mortalidade de 90%.

A pior epidemia de Ébola conhecida foi declarada em março de 2014, na Guiné Conacri, de onde se expandiu para a Serra Leoa e a Libéria.

A OMS declarouu o fim dessa epidemia em janeiro de 2016, após registrar 11,300 mortes e mais de 28,500 casos, embora a agência da ONU tenha admitido que esses números podem ter sido conservadores.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

GAVI e subsidiária da Merck unidas contra o Ébola

Macron promete ajuda humanitária à RDC mas recebe críticas

Uganda levanta parcialmente o confinamento