Festival da Tragédia Grega em Chipre

Chipre, no mar mediterrâneo. A Ilha de Afrodite acolheu mais uma edição do Festival da Tragédia Grega. Participam seis companhias de teatro selecionadas entre dezenas de candidatas. Existem apenas dois encontros do género em toda a Europa, um em Chipre e outro na Grécia.
As peças são apresentadas em anfiteatros romanos e o auditório é convidado a uma viagem no tempo.
A Euronews esteve no Teatro Romano de Kourion, sudoeste de Chipre, onde falou Christos Georgiu, o diretor do Festival, sobre as particularidades do evento:
"Este festival é o único onde podemos ver antigas produções de tragédia grega. Podem ser vistas peças antigas de teatro cipriota e grego, mas também de outros países. Nos últimos anos, o festival tem-se desenvolvido e tem crescido," explicou.
"Temos tido mais público e recebemos a distinção Festivais para a Europea, da União Europeia. Isso significa que temos um dos melhores festivais do género a nível europeu."
O anfiteatro romano de Kourion conhece o passado multicultural de Chipre. Com mais de três mil anos, passou plos períodos helénico, árabe, assírio, persa e romano. Do período romano ficou a Casa de Eustolios, com uma vista sobre mediterrâneo de cortar a respiração.
A Companhia Nacional de Teatro do Norte da Grécia apresentou Orestes, de Eurípedes. Yannis Anastasakis é o diretor artístico.
"Esta obra permite-nos analisar as nossas vidas. A peça conta a história de Orestes e de Electra. Passaram seis dias da morte de Clitemnestra, depois dos próprios fihos a terem matado", conta Anastakakis.
"Orestes, Eletra e Pílades encaram a sentença da assembleia. Nesta peça, o importante é o amor fraterno, a amizade e um Estado que vive em crise. E o facto da sociedade ignorar problemas que não lhe interessam. E depois temos a juventude, que tenta encontrar o lugar nessa mesma sociedade."
O Festival de Tragédia Grega teve lugar durante o mês de julho.
PARA SABER MAIS: OS SITES A CONSULTAR
www.moec.gov.cy/en/cultural_services.html