Mnangagwa estende a mão a Chamisa, mas reafirma vitória

Mnangagwa estende a mão a Chamisa, mas reafirma vitória
De  Joao Duarte Ferreira  & Ricardo Figueira

Chamisa apela a investigação por parte do governo e plataformas internacionais

O líder da oposição no Zimbabué acusou o partido no poder, Zanu-PF, de pânico por alegadamente ter sido derrotado nas eleições presidenciais.

"Os nossos colegas no Zanu-PF estão em pânico porque foram derrotados"

Nelson Chamisa Secretário-geral, MDC

As declarações de Nelson Chamisa tiveram lugar depois da polícia de intervenção ter dispersado uma multidão de membros do partido e jornalistas que se haviam reunido num hotel de Harare para ouvirem o líder da oposição.

"Os nossos colegas no Zanu-PF estão em pânico porque foram derrotados nestas eleições; não têm confiança nos cidadãos. É por isso que disparam balas verdadeiras sobre as pessoas. Isto é algo muito sério que temos que investigar, não apenas com o Zanu PF mas com o governo e as plataformas internacionais", afirmou Nelson Chamisa, líder do partido da oposição, MDC.

O presidente Emmerson Mnangagwa reagiu nas redes sociais e afirmou que é preciso investigar o que aconteceu na conferência de imprensa da oposição. Mnangagwa afirma que nos últimos nove meses protegeu a liberdade de expressão e reunião assim como a liberdade de criticar o governo.

O presidente reafirmou que o seu partido, Zanu-PF, "ganhou as eleições de forma correta e não tem nada a recear ou esconder". Estendeu também a mão ao adversário: "Vamos os dois apelar à paz no nosso país, mais alto que nunca", disse, dirigindo-se a Chamisa.

Nas ruas de Harare, as tensões permanecem elevadas na sequência dos confrontos desta semana, que causaram seis mortos.

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