Raide aéreo em Dahyan, no norte do Iémen, fez pelo menos 43 mortos, a maioria crianças com menos de dez anos.
Um ataque contra um autocarro que transportava crianças em Dahyan, no norte do Iémen, fez 43 mortos e mais de 60 feridos.
A autoria do raide aéreo foi já assumida pela coligação dirigida pela Arábia Saudita que intervém no Iémen desde 2015, tendo sido considerado uma operação militar legítima de resposta ao míssil lançado sobre a cidade saudita de Jizan, que causou um morto e vários feridos.
As lágrimas, os gritos e o sangue de dezenas de crianças encheram os hospitais da província de Saada. O Comité Internacional da Cruz Vermelha considerou mesmo este raide uma violação do direito humanitário internacional.
Moussa Abdullah, uma testemunha do ataque que também necessitou de assistência médica, confessou que tudo aconteceu numa zona repleta de civis.
"O ataque aconteceu no meio do mercado e teve como alvo um autocarro que transportava crianças. As nossas lojas estavam abertas e os clientes circulavam como de costume. Todos os que morreram eram moradores, crianças e donos de lojas", afirmou.
Em três anos, a guerra no Iémen já provocou mais de 10.000 mortos e, segundo as Nações Unidas, originou a “pior crise humanitária” no mundo.