Conselheiro de Trump visita Ucrânia

Nas ruas de Kiev celebram-se os 27 anos da criação do estado da Ucrânia, na sequência da queda da União Soviética. Na bancada, vai estar este ano o Conselheiro Especial para a Segurança do Presidente dos Estados Unidos.
Washington diz que John Bolton vai apenas assistir à parada militar, mas Moscovo já fez saber que desconfia dos objetivos da visita.
A deslocação à Ucrânia acontece um dia depois de Bolton se ter reunido, em Genebra, com o seu homólogo russo. Momento em que, nas palavras do Conselheiro de Trump, os Estados Unidos deixaram claro que não vão tolerar interferências nas eleições intermédias que decorrem este ano. Mais, que as autoridades norte-americanas estão preparadas para tomar as medidas necessárias para prevenir qualquer tentativa de influência.
Na surdina diplomática, a Rússia, por seu lado, sugere que o verdadeiro propósito da visita de Bolton à Ucrânia é decidir se apoia a reeleição do atual Presidente, Petro Poroshenko.
A somar à tensão entre os dois países, Washington voltou a pedir a libertação imediata do cineasta ucraniano Oleg Sentsov, em greve de fome há mais de 100 dias numa prisão no norte da Rússia.
Sentsov, de 42 anos, é considerado um “preso político” pelos Estados Unidos. Foi detido na Crimeia após a anexação da província pela Rússia em 2014, sem perspectiva de libertação.
Em 2015, Sentsov foi condenado a 20 anos de prisão por “terrorismo” e “tráfico de armas”, num julgamento que a Amnistia Internacional qualificou de “estalinista”.