Itália lança novo apelo à solidariedade europeia na questão dos migrantes

Itália lança novo apelo à solidariedade europeia na questão dos migrantes
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De  Joao Duarte Ferreira
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O apelo foi feito durante o encontro de chefes da diplomacia e segurança da UE em Viena

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A Itália apelou de novo à ajuda da União Europeia para lidar com os migrantes resgatados em alto mar.

O apelo teve lugar durante o encontro de ministros da defesa da União Europeia a decorrer esta quinta e sexta-feiras em Viena.

Anteriormente, a Itália já havia dado um ultimato a Bruxelas que não obteve resposta da Comissão.

"Vamos insistir em mais governança europeia dos fluxos migratórios. Para nós isto é uma responsabilidade europeia genuína. Falamos muito em solidariedade europeia por todo o lado, bem, isto é uma excelente ocasião para a demonstrar", afirmou Enzo Moavero Milanesi, ministro italiano para os Assuntos Externos e Cooperação Internacional, à sua chegada ao encontro.

Os ministros da defesa da União Europeia já antes haviam acordado a continuação da missão de resgate no Mediterrâneo no âmbito do programa Sophia. No entanto, a iniciativa requer clareza sobre onde desembarcar os migrantes.

A Alta Representante da União Europeia para Assuntos Externos e Segurança, Federica Mogherin, adiantou que "o problema do desembarque representa mais de 90% das questões e não tem a ver com a missão Sophia propriamente dita. Mas necessitamos de certezas sobre para onde levar 9,6% das pessoas resgatadas em alto mar pela missão", afirmou.

O Luxemburgo voltou a propor o sistema de quotas obrigatórias para os migrantes apontando críticas à presidência austríaca da União Europeia.

"Necessitamos de quotas obrigatórias para cada país a fim de acabar com a miséria que vemos nos barcos. Há oito países que acolheram algumas pessoas, 8 de 28. E tenho que dizer que na minha opinião a presidência não dá um bom exemplo se decide não estar lá", disse o ministro luxemburguês dos Assuntos Externos e Europeus, Imigração e Asilo, Jean Asselborn.

Para a presidência austríaca, contudo, a prioridade reside na proteção das fronteiras externas.

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