As fitas espalham-se pela região e acentuam o desentendimento entre independentistas e unionistas
Na Catalunha, os laços amarelos são há séculos símbolo de protesto. Adoptados agora pelos independentistas, espalham-se pelas cidades, como se fossem um eco visual dos pedidos de libertação dos líderes presos.
Dos altifalantes instalados na praça do munícipio de Vic, a 70 quilómetros de Barcelona, ouve-se a mensagem que acompanha os laços. "Não banalizemos a situação de emergência nacional; lembremo-nos que há prisioneiros e exilados", ouve-se repetidamente.
Os críticos da utilização dos meios públicos para espalhar a mensagem estão em minoria, mas fazem-se ouvir.
Arnau Martí, conselheiro na Câmara de Vic, considera que "é propaganda que faz campanha por uma opção política, quebrando a neutralidade que as instituições devem ter". "Uma instituição pública não pode estar ao serviço dos independentistas ou dos unionistas, tem de servir todos," afirma.
A troca de acusações entre os que colocam os laços amarelos e os que os retiram subiu de tom nos últimos tempos.
Está prestes a fazer um ano do referendo não autorizado sobre a independência. A consulta de 1 de outubro de 2017 que desencadeou um dos maiores testes à soberania de Madrid na história recente.