O radicalismo e a violência adiaram o sonho de Yasser Arafat, Itzhak Rabin e Shimon Peres.
São 25 anos de frustração para palestinianos e israelitas.
A 13 de setembro de 1993 Israel e a Organização para a Libertação da Palestina assinaram os acordos de Oslo.
No entanto, o radicalismo e a violência adiaram o sonho de Yasser Arafat, Itzhak Rabin e Shimon Peres.
"Em 1993, Oslo era essencial para estabelecer a autoridade palestiniana, o que significava colocar os palestinianos nas suas terras. No entanto, Israel conseguiu tornar Oslo num fracasso com todos os obstáculos que colocou diante do processo", afirma o porta-voz do Movimento Fatah, Atef Abu Saif.
Parte do povo palestiniano acredita que a Convenção é injusta pois diminuiu os direitos dos palestinianos uma vez que ocorreu com o patrocínio dos Estados Unidos da América, apoiantes declarados de Israel.
Exemplo disso, em 2017, Donald Trump afasta-se da solução de dois estados, reconhecendo, depois, Jerusalém como capital de Israel.
O porta-voz do Movimento Hamas, Fawzy Barhoum garante que "os acordos de Oslo foram um desastre para o povo palestiniano. Foi um desastre nacional que resolveu a causa palestina. Foi o começo do acordo do século. O acordo acabou com o nosso direito em Jerusalém e o nosso direito à terra. O povo palestiniano estava dividido. O mundo reconheceu Israel e não reconheceu os direitos do povo palestiniano."
Com parte dos territórios palestinianos ocupados por Israel, com a violência e com as restrições ao comércio, a situação socioeconómica na região tem vindo a degradar-se.
De acordo com as Nações Unidas, a taxa de desemprego na Palestina atinge os 27%, a mais elevada de todo o mundo.
"Israel não cumpriu todas as disposições da Convenção, portanto, os resultados foram adversos à economia palestiniana, tais como elevadas taxas de desemprego, taxas elevadas de pobreza e baixo crescimento económico, o que levou ao elevado custo de vida e à incapacidade de se viver na Palestina", conta o economista Maher Tabba.
Os acordos de Oslo deveriam ter aberto caminho para um Estado palestiniano, mas a Cisjordânia ocupada e a Faixa de Gaza nas mãos do movimento Hamas adiam o estabelecimento da Paz na região.