Brasil2018: Bolsonaro lidera sondagem da Datafolha e pisca olho a mulheres

Bolsonaro (centro) destacado nas sondagens, com Ciro e Haddad à espreita
Bolsonaro (centro) destacado nas sondagens, com Ciro e Haddad à espreita Direitos de autor REUTERS
Direitos de autor REUTERS
De  Francisco Marques
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A subir nas sondagens, candidato do PSL continua internado e equipa de campanha hesita em lançar a segunda linha para nos debates eleitorais

PUBLICIDADE

Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), segue destacado na liderança das sondagens a poucas semanas das eleições presidenciais marcados no Brasil para 07 de setembro.

Fernando Haddad substituiu o favorito Lula da Silva, e já igualou o principal perseguidor do candidato do PSL nas intenções de voto.

A saída de cena de Lula da Silva e o ataque à faca sofrido dia 06 de setembro, em Juiz de Fora, estado de Minas Gerais, reforçaram a posição do antigo capitão do exército do Brasil.

As últimas notícias oriundas da equipa do PSL dão conta de uma campanha a ser lançada em breve na internet para aproximar Bolsonaro do eleitorado feminino e homossexual, onde o candidato tem tido mais dificuldade em reunir apoio.

Isto dias depois de uma outra sondagem da Datafolha ter sugerido que 49% do eleitorado feminino brasileiro rejeita a candidatura de Bolsonaro devido às posições públicas assumidas pelo antigo militar perante temas sensíveis para as mulheres, como o aborto, e para as minorias.

Bolsonaro fala nos vídeos das diferenças salariais entre homens e mulheres, havendo também a indicação de que irá surgir num deles a abraçar Amin Khader (vídeo em cima).

A celebridade do meio LGBT, que já confirmou a admiração pelo antigo capitão, "um amor de pessoa", garante o assumido homossexual.

O candidato presidencial do PSL continua internado, a recuperar do ataque à faca ao qual sobreviveu, mas a equipa de campanha não parece muito inclinada a arriscar a imagem pública favorável do candidato promovendo a chamada de uma segunda linha para os debates eleitorais.

Os principais rivais a esta altura mantêm-se longe nas preferências de voto, mas uma segunda volta está no horizonte e aí tudo ficará em aberto.

A sondagem divulgada esta sexta-feira, 14 de setembro, a praticamente três semanas da ida às urnas pelos brasileiros, revela um reforço da vantagem de Jair Bolsonaro (de 24 para 26 por cento das intenções de voto).

Ciro Gomes, do Partido Democrático Trabalhista, mantém-se em posição privilegiada (13 por cento) para passar à segunda volta com Bolsonaro, mas agora tem a companhia de Fernando Haddad.

O substituto de Lula da Silva na lista de candidatura do Partido Trabalhista está a subir e já terá alcançado também os 13 por cento das intenções de voto.

Em sentido inverso, isto é a cair, está Marina Silva, do REDE, que dos 16 por cento de 22 de agosto passou 11 e agora voltou a derrapar para os oito por cento. 

A antiga ministra do Ambiente de Lula da Silva (2003-2008) está agora na quinta posição das preferências dos brasileiros, de acordo com a Datafolha.

O quarto é Geraldo Ackmin, do Partido da Social Democracia Brasileira, também uma das "vítimas" da entrada em cena de Fernando Haddad.

O antigo governador de São Paulo conseguiu chegar aos 10 por cento das intenções de voto a 10 de setembro, mas voltou a cair para os 9 por cento que tinha a 22 de agosto.

Nas simulações de uma eventual segunda volta, prevista para 28 de outubro, todos os eventuais adversários do destacado Jair Bolsonaro saíriam vencedores, sugere ainda esta nova sondagem

A margem de erro da sondagem da Datafolha, realizada com 2820 eleitores entre quinta (13 de setembro) e sexta (14 de setembro), é de dois pontos percentuais para mais ou menos, com um nível de confiança no estudo de 95 por cento.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

PT confia missão difícil a Fernando Haddad

Brasil: Debate eleitoral morno na ausência de Bolsonaro

Antigo chefe do exército brasileiro ameçou prender Bolsonaro se insistisse com golpe de Estado