Forças israelitas lamentam o abate do avião militar russo, mas apontam o dedo ao regime sírio, ao Irão e ao Hezbollah.
**Num raro exercício de comunicação sobre as operações na Síria, Israel já veio lamentar o abate do avião militar russo, junto a Latakia, que vitimou mortalmente os quinze membros da tripulação. Recordamos que o aparelho foi atingido pelas baterias antiaéreas sírias numa altura em que a zona estava a ser atacada pela aviação israelita.
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Vladimir Putin reagiu, evocando um outro episódio ocorrido em 2015. "Na altura, o avião turco abateu o nosso avião de forma consciente. Desta vez, parece que estamos perante uma sequência trágica e acidental de circunstâncias. A resposta vai consistir num reforço da segurança das tropas no terreno na Síria. Tomaremos medidas que serão bastante visíveis para toda a gente", declarou o presidente russo.
Perante as acusações de que o avião russo terá sido utilizado como uma espécie de escudo, as forças israelitas lançaram então um comunicado alegando que a responsabilidade pertence ao regime de Bashar al-Assad, ao Irão e ao Hezbollah, para o qual estaria a ser transferido armamento destinado a atacar Israel.
Os analistas militares russos evocam a possibilidade de se tratar de uma provocação relacionada com o acordo entre a Rússia e a Turquia, que consiste em criar uma zona tampão em Idlib, na Síria. O ministro da Defesa, Serguei Shoigu, afirma que a missão do aparelho russo era recolher informações sobre a localização dos drones dos combatentes no terreno.