Terceira cimeira intercoreana numa Península em reaproximação

A terceira cimeira intercoreana, em Pyongyang, tem o objetivo de fazer avançar a questão nuclear que subsiste na Península da Coreia, mas também entre a Coreia do Norte e Washington.
É uma visita rara de presidente sul-coreano ao Norte, que ilustra a fase de reaproximação entre os dois países, depois do encontro, no passado mês de abril, em Panmunjon, cidade de fronteira na zona desmilitarizada, e de um segundo encontro, em maio.
Na verdade, a cimeira é um teste para outro encontro, sugerido por Kim Jong-un, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Antes do início das conversações, os dirigentes de ambos países desfilaram de carro pelo centro da capital norte-coreana. Nas ruas, ouviam-se gritos a favor da paz e da unificação da Península.
Em declarações aos jornalistas, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, disse que o encontro que manteve com o presidente Donald Trump, que definiu como "histórico," contribuiu para a "estabilidade" na Península da Coreia.
Kim disse ainda que espera "mais avanços" nesta cimeira e agradeceu ao presidente sul-coreano, Moon Jae-in, a ideia do encontro com o presidente dos EUA.
O presidente da Coreia do Sul jogou um importante papel de mediador no encontro entre o líder norte-coreano e o presidente dos Estados Unidos, que teve lugar em Singapura.
Expectativas
Moon Jae-in quer que a cimeira seja parte de um processo que combine uma decisão sobre a desnuclearização da Coreia do Norte com uma declaração que ponha um fim oficial à guerra das Coreias, de entre 1950 e 1953.
A Coreia do Norte espera que esta aproximação lhe permita, como um dos regimes mais isolados do mundo, beneficiar com investimento da parte de grandes empresas sul-coreanas.
Para Washington, é importante uma "desnuclearização definitiva e totalmente verificável."
O Norte invadiu o Sul em 1950, dando início ao conflito conhecido como a guerra da Coreia. No entanto, Pyongyang diz-se a favor da uma reunificação com o sul.